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osias de Souza transcreve em seu blogue da Folha o artigo de Elio Gaspari, “Tiririca deu exemplo e Maia coçou o bolso”. Transcrevo, agora, os dois, Josias e Gaspari. Trata-se de uma aula sobre o Brasil moderno, que se renova todos os dias. O Brasil de Brasília a Lagoa de Velhos, dois polos onde as diferenças são mínimas, prova exuberante, incontestável, da unidade nacional. O embalo de Josias começa assim: fonte: https://tribunadonorte.com.br/noticia/no-pais-de-tiririca/178474No país de Tiririca
- O repórter Elio Gaspari levou às páginas desta quarta (13), entre elas as da Folha, um artigo profilático. Resume um par de casos ocorridos num velho circo. Tentou-se utilizar a grana levada à bilheteria pela plateia como dinheiro grátis. Pilhado em malfeito, o palhaço se refez em cena. E forçou o mandachuva da lona a reposicionar-se no picadeiro. O texto de Gaspari vai abaixo:
“Tiririca candidatou-se a deputado dizendo que ‘pior do que está, não fica’. Enganou-se. Graças a ele, o presidente da Câmara, Marco Maia (PTRS), deu-se conta de que não devia ir à Espanha às custas do dinheiro da Viúva para assistir ao jogo do Real Madrid contra o Barcelona, neste sábado.
Na segunda-feira, o palhaço anunciou que devolveria os R$ 971 que cobrou à Câmara pela sua hospedagem no Porto d’Aldeia Resort, em Fortaleza. Até então, Marco Maia achava natural que o dinheiro público patrocinasse seu passeio. Ontem, mudou de ideia e pagará as despesas. Parabéns.
O genial jornalista americano Henry Mencken ensinou que ‘consciência é a voz interior que nos avisa que alguém pode estar olhando’.
Foi a influência da consciência coletiva sobre as consciências individuais que estimulou a atitude imediata de Tiririca e um pouco tardia de Maia. O presidente da Câmara informou que decidiu custear sua viagem para ‘acabar com qualquer dúvida’ em torno do episódio. Não ficaria ‘dúvida’ alguma.
Ele queria ver um jogo de futebol, acompanhado de dois colegas (Romário de Souza Faria e Eduardo Gomes) e dois assessores, conseguiu um convite do Parlamento espanhol para visitar a instituição e estaria tudo acertado se a iniciativa não tivesse caído na boca do povo.
Muito simples: o doutor queria viajar às custas da Viúva e decidiu fazer o que farão todos os outros espectadores do jogo: pagará pela própria diversão. Acreditar que ele não percebeu a diferença entre pagar a viagem com dinheiro do seu bolso ou com o da bolsa da Viúva seria duvidar de sua inteligência.
Marco Maia entrou na vida pública pela porta do sindicalismo metalúrgico. À primeira vista, representa uma geração de jovens idealistas que ralaram na oposição até a vitória de Lula, em 2002. Nem tanto. O doutor começou sua militância partidária em 1985. Oito anos depois, o PT conquistou a Prefeitura de Porto Alegre, na qual se manteve até 2001. Desde 1993, ele passou apenas um ano longe do poder municipal, estadual ou federal.
Na Câmara, Maia celebrizou-se ao isentar a Agência Nacional de Aviação Civil de qualquer responsabilidade na crise do apagão aéreo de 2010. Reincidiu na fama quando enfiou numa medida provisória um cascalho que prorrogava os contratos dos pontos de comércio instalados nos aeroportos nacionais (O contrabando foi vetado pela presidente Dilma Rousseff).
A conexão do deputado com a aerocracia pode ser percebida também na sua iniciativa de incluir no Orçamento da Viúva uma dotação de R$ 230 mil para a Abetar, entidade que defende os interesses das empresas de transporte aéreo regional.
Por mais que o PT goste de se apresentar como o campeão das causas dos fracos e dos oprimidos, seu comissariado mostra que assimilou, exerce e gratifica-se com os piores costumes dos poderosos. A doutrina do mensalão (‘fizemos o que todos fazem’) contaminou a retórica dos comissários adicionando-lhe um incontrolável ingrediente de cinismo. Se todos fazem o que fazem, eles investiram-se no direito de fazer o que bem entendem. Às vezes, dá bolo”.
Muita chuva
Tem chuva de 221 milímetros, como a que caiu em Baía Formosa, da manhã de terça para o amanhecer de ontem, quarta, 13. Na região Leste houve outra chuva grande: em Georgino Avelino, 191mm. Em Pedro Velho foram 83 e em Parnamirim, 56. A chuva de Natal, soma de vinte de quatro horas, foi de 91 milímetros, causando estragos, triplicando o caos que endoidece a cidade que permanece “afefa”, seus administradores voando como borboleta perdida.
No Agreste também boas chuvas: Nova Cruz, do Marechal Porpa, 105 milímetros, Bom Jesus, 89, Serra de São Bento, 79, Passa e Fica e Monte das Gameleiras, 72, Boa Saúde, 59, São Paulo do Potengi, 56, João Câmara, 51, Parazinho e Sítio N ovo, 43, Barcelona, 41, Campo Redondo, 40, São Tomé, 33, Coronel Ezequiel, 26, Jaçanã, 25, Japi, 23, Tangará e Lajes Pintadas, 21. Em Queimadas de Baixo, 75. Viva!
No Seridó: Bodó, 62, Florânia, 59, Caicó (Emater), 45, Lagoa Nova, 45, Currais Novos, 44, Parelhas, 38, São Fernando, 30, Caicó (Batalhão), 27, Ouro Branco, 18. No Oeste as melhores chuvas foram em Jucurutu, 38, Grossos, 31, Riacho da Cruz, 20, São Rafael e Janduís, 16. No Sertão do Cabugi: Pedro Avelino, 34, Lajes, 21. São números da Emparn.
Nelson, imortal
A Academia Norte-Riograndense de Letras consertou a “aclamação” com a qual pretendia eleger Nelson Patriota (Nelson não tem nada a ver com a manobra, é bom ressaltar). Terça-feira, 12, os Estatutos da agremiação foram respeitados e houve a eleição de verdade: urna e voto secreto. Eleição para todos os efeitos, Nelson Patriota, merecidamente, ingressa na imortalidade acadêmica. Ele era candidato único.
Livraria
A Livraria Nobel inaugura dia 18 sua loja de Natal. Fica na rua Potengi, 634, em Petrópolis.
Livro
Será lançado amanhã, na Livraria da Cooperativa Cultural da UFRN, coisa das 18 horas, o livro Uma educação tecida no corpo, da professora Rosie Marie Nascimento de Medeiros. É fruto de uma tese de doutorado.
Nei
Nei Leandro de Castro que chegaria amanhã em Natal, vindo do Rio, onde voltou a viver, adiou a viagem para o começo de maio, das flores e das noivas.